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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Fadiga Muscular Local e do Sistema Nervoso Central

A maioria das pesquisas aponta três causas ou pontos de fadiga. O nervo motor é o primeiro. O sistema nervoso transmite impulsos nervosos para as fibras musculares via nervo motor. Um impulso nervoso possui certos níveis de força, velocidade e freqüência.
Quanto maior freqüência de impulso de força, mais forte é a contração muscular que possibilita levantar carga mais pesadas. A fadiga afeta significativamente a freqüência dos impulsos nervosos. Portanto, conforme aumenta a fadiga, a força de contração diminui. É por isso que intervalos longos, acima de 7 minutos, são necessários para recuperação do SNC na fase de força máxima. O segundo ponto é a junção neuromuscular. Esse é o ponto de contato entre o neurônio e a fibra muscular a que chegam os impulsos elétricos para o músculo trabalhado. Este tipo de fadiga ocorre devido à liberação aumentada de neurotransmissores químicos pelas terminações nervosas (botões sinápticos) (Tech, 1980). Após uma série, um intervalo de 2-3 minutos, em geral, é suficiente para as propriedades elétricas do neurônio voltarem aos níveis normais. No entanto, após trabalhos envolvendo contrações vigorosas, como o treinamento de força máxima, um intervalo maior do que 5 minutos é necessário para que ocorra recuperação adequada.
Finalmente, o mecanismo contrátil, a actina e a miosina também causam fadiga. Essa fadiga vincula-se aos seguintes fatores:
- O acúmulo de ácido lático diminui o pico de tensão ou a potência máxima de contração .
- O acúmulo de ácido lático leva o músculo à acidose, afetando a habilidade de o músculo reagir ao impulso. (Calem, 1986; Fox et aI., 1989) .
- A depleção das reservas de glicogênio que ocorre no exercício prolongado (acima de 30 minutos) causa a fadiga contrátil do músculo (Karlson e Saltin, 1971; Sahlin, 1986; Conlee, 1987).
Outras fontes de energia disponíveis para o músculo, incluindo o glicogênio hepático, não são suficientes para suprir as necessidades do músculo que está sendo trabalhado.

Fonte: Treinamento de Força Consciente (Estratégias para ganho de Massa Muscular), editora Phorte

domingo, 5 de janeiro de 2014

Um transtorno hormonal pode ser a causa de meu excesso de peso?

O Papel da insulina
Esse hormônio, secretado pelo pâncreas, permite que a glicose, verdadeiro combustível do organismo, penetre nas células que dela neces-sitam: músculos, cérebro, rins, glóbulos vermelhos etc. Mas ela tem também outro efeito, menos desejável: facilita o armazenamento das gorduras (ou lipogênese) e bloqueia a saída das gorduras de reserva ou lipólise.
Conseqüência: quanto mais insulina o organismo secreta, mais o indivíduo engorda e menos capaz torna-se de emagrecer. Ora, a secre-ção de insulina é proporcional ao IMC, portanto, uma pessoa que sofre de obesidade tem obrigatoriamente um excesso de insulina (hiperinsulinismo). Por muito tempo, pensou-se que esse excesso de secreção de insulina era apenas uma conseqüência da obesidade. Atualmente, pensase que essa hipersecreção é também uma das causas possíveis, consecutiva à escolha incorreta de alimentos.
Soma-se a isso também o fato de que o obeso põe-se progressivamente a secretar a insulina de má qualidade, mal reconhecida pelo organismo: sua ação é, portanto, medíocre. Quando o organismo entra nessa fase de resistência à insulina (ou insulinoresistência), ele responde fabricando ainda mais hormônio, na tentativa de melhor aproveitar a glicose ingerida. Com isso, os distúrbios agravam-se: ins-taura-se um círculo vicioso.
Entre as refeições, a taxa de insulina corresponde, em média, a 20 unidades por litro de sangue.
Depois de comer, ela aumenta (G. Kissebah):
- Em + 50 U (passando de 20 a 70 U/I) no indivíduo eutrófico.
- Em + 110 U numa pessoa que sofre de obesidade ginecóide.
- Em + 220 U numa pessoa que sofre de obesidade andróide.

O papel da leptina
A massa gorda se auto-regula graças a um hormônio chamado leptina. Ele aumenta quando os estoques de gordura estão altos. Emite sinais de saciedade, diminuindo, assim, a quantidade de alimentos ingeridos. Perturbações no funcionamento desse hormônio podem favorecer o acúmulo de gorduras e o ganho de peso.

O papel de outros hormônios
A obesidade pode ser favorecida pela secreção em excesso de:
  • Cortisol (hormônio da glândula supra-renal), aumento passageiro devido a um período de estresse ou permanente nas vítimas da (rara) doença de Cushing.
  • Testosterona (hormônio secretado pelos testículos), que, em geral, induz a uma obesidade andróide.
  • Estrogênios (hormônios secretados pelos ovários), induzindo, em geral, a uma obesidade ginecóide.
A obesidade também pode ser induzida por insuficiência de uma secreção hormonal, como no mixedema, doença que se denota pelo déficit da produção de tiroxina, hormônio da tireóide.
Além dos hormônios elaborados pelas glândulas endócrinas, as células do corpo secretam numerosas substâncias químicas que podem intervir sobre o comportamento alimentar ou o sistema vegetativo (que regula a intensidade de alguns funcionamentos metabólicos).
Algumas dessas substâncias, que conhecemos mal e ainda não podem ser facilmente dosadas, talvez sejam responsáveis por transtornos que originam diversas obesidades.
Esses diferentes elementos permitem compreender porque às vezes, apesar de uma dieta equilibrada, de uma atividade física suficiente e de um equilíbrio psíquico satisfatório, a obesidade resiste e perdura. E também, o quanto são risíveis os tratamentos que pretendem curar num golpe só todas as obesidades, quando sabe-se o quanto suas causas são diversas e seu cuidado é complexo!